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sábado, 26 de julho de 2025

O Pescador que Não Voltou


🎣 Uma pescaria solitária na Sexta-feira da Paixão termina em mistério e silêncio.

Todo mundo na cidade conhecia o seu Alcides. Homem simples, calado, mas excelente pescador. Aos 68 anos, vivia do peixe que tirava do rio. Na Semana Santa, no entanto, ele sempre respeitou a tradição: não pescava na sexta-feira da Paixão.

Mas naquele ano algo o fez mudar. Disse a um vizinho: — “Tenho uma encomenda grande. Deus vai entender.” E partiu logo ao amanhecer com sua velha canoa de madeira.



O tempo passou, o dia virou noite e ninguém mais viu seu Alcides. No sábado, um grupo de pescadores o procurou. Encontraram a canoa encostada em uma ilha do rio. Não havia sinais de luta ou tombamento.

Dentro da canoa: redes dobradas, uma vara caída e — o mais estranho — espinhos de peixe secos, organizados em formato de cruz, no banco onde ele sempre se sentava.

Chamaram a polícia, vasculharam o rio por dias, mergulhadores vieram de fora. Nenhum corpo foi encontrado.

A notícia se espalhou. Muita gente dizia que ele pagou por quebrar uma promessa antiga. Outros juram ter visto, semanas depois, uma figura no rio ao entardecer, pescando com calma, mas que some quando se tenta chegar perto.

Até hoje, ao passar pelo trecho da ilha, muitos pescadores evitam jogar redes. E dizem que, ao entardecer, uma brisa fria sopra dali, mesmo nos dias mais secos. 

E você, acredita em punições espirituais? Já ouviu histórias como essa na sua região? Escreve aí, amigo da pesca!