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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

A Noite em Que a Floresta Gritou

🐟 Algo gritou na mata e parecia responder aos nossos passos. Nunca esquecemos aquele som.

Uma certa noite, Eu e mais 2 amigos acampamos perto de um rio conhecido por bons tucunarés. A noite estava calma até que, por volta da meia-noite, ouvimos um grito. Não era de bicho. Não era humano. Era algo entre os dois. Um grito bizarro, que fez meu sangue gelar.

O som vinha da mata, forte, profundo, e parecia cada vez mais próximo. Apontamos as lanternas e ficamos em silêncio absoluto. De novo: um grito. E outro, mais distante. Era como se estivessem se comunicando. Começamos a recolher as tralhas, afinal não sabíamos do que se tratava, mas a certeza de que nada de bom poderia sair dalí, aumentava a cada novo grito.

Ficamos em alerta até o amanhecer, já que não nos arriscaríamos a pé no meio da trilha escura. Não pescamos nem dormimos, só esperamos sentados, enquando olhavamos por todo lado, mas não vimos nada, só ouvimos mais alguns gritos e depois silêncio absoluto. Ao amanhecer pegamos a trilha de volta e fomos embora. Até hoje, nenhum de nós sabe explicar, oque foi aquilo, mas ninguém voltou lá depois. A curiosidade ficou, e sempre que nos reunimos, essa conversa vem a tona e a pergunta fica: Afinal oque era aquilo! Seria o pai da mata? curupira? ou alguma outra entidade?


A floresta fala. E às vezes, ela grita.
Até mais Amigos da pesca!


Conheça a Tabarana: O “Dourado Branco” dos Rios Brasileiros

 

🐟 Tudo sobre a Tabarana: o “Dourado Branco” dos rios brasileiros — características, hábitos e dicas para pesca

A tabarana (Salminus hilarii) é uma das joias dos rios brasileiros, conhecida tanto pela sua beleza quanto pela emoção que proporciona ao pescador. Popularmente chamada de “dourado branco”, ela pertence à mesma família do dourado (Salminus brasiliensis), mas possui particularidades marcantes que encantam quem tem a sorte de encontrá-la.
Seu corpo prateado reluz sob o sol, e suas nadadeiras avermelhadas são um verdadeiro convite para uma foto memorável. Embora não alcance os mesmos tamanhos que o dourado, a tabarana compensa com agilidade, explosão e resistência durante a fisgada, tornando cada captura uma experiência eletrizante.


1. Características físicas

A tabarana apresenta corpo alongado e musculoso, com escamas grandes e brilhantes, que refletem a luz de forma intensa dentro da água. Suas nadadeiras, geralmente com tons alaranjados ou avermelhados, dão contraste à coloração predominantemente prateada do corpo.
Possui boca larga e mandíbula forte, equipada com dentes afiados, ideais para segurar suas presas e rasgar pequenos peixes. Um adulto pode atingir entre 40 e 70 cm, embora exemplares maiores já tenham sido registrados. O peso varia conforme o ambiente, podendo passar dos 3 kg nas melhores condições.

                                                             
imagem ilustrativa
2. Habitat e comportamento

A tabarana prefere águas limpas, bem oxigenadas e com correnteza, geralmente próximas a corredeiras, remansos ou desembocaduras de afluentes. É comum encontrá-la em rios de fundo rochoso ou arenoso, onde há boa circulação de água e abundância de alimento.

Sua presença é registrada principalmente em rios do Sudeste e Centro-Oeste, como o Rio Paraíba do Sul, Rio Grande, Rio Tietê e afluentes do Rio Paraná.
Predadora voraz, ela se alimenta de pequenos peixes, camarões de água doce e insetos aquáticos. Seu ataque é rápido e certeiro, o que exige reflexos rápidos do pescador.


3. Diferenças entre tabarana e dourado

Embora compartilhem o mesmo gênero Salminus, a tabarana e o dourado têm diferenças claras:

  • Corpo e coloração: o dourado exibe coloração dourada intensa com listras escuras, enquanto a tabarana é prateada, com um brilho metálico característico.

  • Tamanho: dourados podem ultrapassar 1 metro e pesar mais de 20 kg; a tabarana raramente passa de 80 cm.

  • Distribuição: o dourado é encontrado em várias bacias hidrográficas da América do Sul, já a tabarana tem distribuição mais restrita, sendo menos comum.

  • Comportamento de caça: ambos são agressivos, mas a tabarana costuma atacar mais próximo da superfície, o que a torna um alvo interessante para iscas artificiais de superfície e meia água.


4. Técnicas e iscas para pesca

Pescar tabarana é um desafio que combina técnica, paciência e escolha certa de equipamentos.
Entre as iscas artificiais mais eficazes estão:

  • Plugs e jerkbaits: especialmente os modelos de meia água, que imitam pequenos peixes feridos.

  • Minnows e spinners: funcionam bem em áreas com correnteza, onde a vibração e o brilho atraem a atenção.

  • Zaras e poppers: excelentes para pesca de superfície, principalmente em dias de água clara e clima quente.

Quanto às iscas naturais, pedaços de peixe fresco ou peixes vivos como lambaris também são eficazes, especialmente em locais mais profundos ou de difícil acesso para artificiais.

5. Equipamento recomendado

A força da tabarana surpreende, por isso o equipamento deve estar à altura:

  • Vara: ação média a pesada, entre 5’6” e 6’6”, que permita arremessos precisos e trabalhe bem iscas artificiais.

  • Linha: monofilamento ou multifilamento de 0,30 mm a 0,40 mm.

  • Carretilha ou molinete: modelos rápidos, com boa capacidade de linha, para controlar os arrancos.

  • Anzóis e garatéias: reforçados, tamanhos 2 a 6, para suportar a mordida.

6. Dicas extras para aumentar suas chances

  • Observe a superfície: tabaranas costumam perseguir cardumes próximos da superfície; ataques são mais frequentes no início da manhã e final da tarde.

  • Trabalhe a isca com variações: alternar recolhimento rápido e pausas curtas pode provocar o ataque.

  • Escolha dias de água clara: a visão aguçada desse predador é mais eficaz em águas limpas.

  • Aproveite as corredeiras: pontos de forte corrente são locais de caça para a espécie.

A tabarana é um peixe que une beleza, força e comportamento predatório, tornando-se um verdadeiro troféu para pescadores esportivos. Conhecer suas características e hábitos é o primeiro passo para aumentar suas chances de captura e, acima de tudo, para respeitar e preservar essa espécie tão especial.

Boa pescaria, amigos da pesca! 🎣



Calendário de Pesca em Setembro: Melhores Dias, Iscas e Peixes Ativos por Fase da Lua

🐟 Tudo que você precisa saber para aproveitar ao máximo sua pescaria em setembro, com base nas fases da lua.




🌕 Fases da Lua em Setembro:

  • 🌓 Lua Crescente: 31/08 às 03h25 – Regular em rios, boa no mar

  • 🌕 Lua Cheia: 07/09 às 15h08 – Ótima a variável na pesca

  • 🌘 Lua Minguante: 14/09 às 07h32 – Boa em rios, ótima no mar

  • 🌑 Lua Nova: 21/09 às 16h54 – Regular a boa pesca

🎯 Peixes Mais Ativos por Local e Lua

🌊 Pesca no Mar:

  • Lua Nova: Robalo, Corvina, Pescada

  • Lua Crescente: Xaréu, Garoupa, Cação

  • Lua Cheia: Robalo, Linguado, Olhete, Sargo, Cavala

  • Lua Minguante: Anchova, Cavala, Caranha
    Iscas indicadas: camarão, sardinha, artificial tipo jerkbait
    Melhores horários: madrugada, início da manhã e fim da tarde


🏞️ Pesca em Rios e Represas:

  • Lua Nova: Traíra, Tucunaré, Dourado

  • Lua Crescente: Pacu, Piraputanga, Piaus

  • Lua Cheia: Bagre, Jundiá, Tucunaré, Dourado

  • Lua Minguante: Lambari, Curimba, Piau
    Iscas indicadas: minhoca, tuvira, lambari vivo, frutas, milho, ração
    Melhores horários: início da manhã, fim de tarde, e madrugada nas luas nova e cheia


🐟 Principais Espécies do Mês

Tilápia: ativa na crescente e minguante, rende bem com massas e milho.
Traíra: aproveita a lua nova e cheia para atacar, ótima com iscas de superfície e softs.
Piapara e Curimba: agitam-se na lua minguante, ideais em locais com água corrente.
Lambari: ativo em todo o mês, essencial como isca viva.
Tucunaré: mais explosivo em dias de calor e céu aberto nas luas nova e cheia.
Pacu e Piauçu: frutívoros, se destacam na crescente e minguante com iscas naturais.
Dourado e Pintado: continuam ativos com água em movimento — preferem a nova e cheia.
Robalo: responde bem nas marés de sizígia (nova e cheia), junto à costeira e canais.
Mandi e Piranha: ótimos em águas turvas e quentes no fim do mês.

🧭 Dicas Extras para Setembro:

  • As manhãs ainda podem ser frias: use iscas mais lentas e vá aumentando o ritmo conforme o sol sobe.

  • Em represas, procure pontos rasos nas primeiras horas e estruturas fundas à tarde.

  • No mar, a transição de lua cheia para minguante costuma trazer grandes oportunidades de pescaria com maré forte.

  • Frutas da estação (como goiaba ou araçá) são ótimas iscas para pacus e piauçus em setembro.

  • Fique atento ao aumento da temperatura e da pressão atmosférica — isso ativa muitos predadores.


💬 Frase motivacional para o pescador:

"A paciência de hoje é o troféu de amanhã. Quem insiste, fisga."