🐟 Um igarapé escondido prometia muitos peixes, mas escondia algo muito maior.
Era um desses dias em que a vontade de explorar falou mais alto. O igarapé era estreito e coberto de sombra. O som da água correndo por entre as pedras trazia paz, mas também uma estranha inquietação.
Minutos depois, a sucuri apareceu de novo, atravessando o igarapé lentamente. Era imensa, maior do que qualquer uma que já vi em documentário. Os olhos frios, o corpo grosso como o tronco de uma árvore.
Nós sabíamos que ali era lugar de sucuris, mas nunca imaginávamos que uma tão grande espreitava por ali. E isso nos impressionou muito, ainda mais sabendo que é um animal de emboscada, e gente estava sentado no barranco. Podíamos virar presa!
Não conseguimos nem gravar. Só ficamos ali, estáticos, até ela sumir entre as raízes. A pesca acabou ali. Resolvemos recolher tudo e irmos embora, e deixa-la em paz. Voltamos com a sensação de que ali não era lugar pra gente. Era dela.
Tem lugares que a gente acha que domina, até a natureza mostrar quem manda.
Até o próximo conto, Amigos da pesca!
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