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terça-feira, 15 de julho de 2025

Como Pescar Traíras: Técnicas, Iscas e Dicas para Fisgar esse Predador

A traíra: o predador mais popular dos lagos e represas


A traíra (Hoplias malabaricus) é um peixe agressivo, com dentes afiados e comportamento explosivo. É comum em rios, açudes e represas de todo o Brasil, especialmente em águas paradas ou com pouca correnteza.

Ela costuma atacar com velocidade, principalmente em horários com menor incidência solar, e proporciona muita emoção pela sua força e imprevisibilidade.


Onde encontrar traíras

As traíras vivem em:

  • Lagos, lagoas e represas: próximos de vegetações, galhadas e margens com sombra.

  • Rios de pouca correnteza: onde há buracos, enroscos ou estruturas submersas.

  • Valetas, açudes e canais: em dias quentes, elas se aproximam da superfície para caçar.

Evite locais com água muito fria ou extremamente limpa, pois ela tende a se esconder em dias muito claros.


Melhores horários e clima

  • Manhã cedo (5h às 8h) e fim da tarde (16h às 19h) são os horários ideais.

  • Em dias nublados ou com garoa fina, a traíra se mostra mais ativa.

  • Após chuva leve, com água ligeiramente turva, a chance de ataque aumenta.



Iscas para traíra

Naturais:

  • Lambari vivo: a melhor isca natural. Use com anzol de haste longa.

  • Mussum: atrai traíras grandes. Resistente e muito usado em fundo.

  • Pedaços de peixe ou fígado: em locais onde não se pode usar iscas vivas.

Artificiais:

  • Iscas de superfície (zara, popper, frog): proporcionam ataques visuais incríveis.

  • Soft baits tipo shad ou grub: funcionam bem no fundo e meia-água.

  • Spinnerbaits e plugs articulados: ótimos em áreas com vegetação.

Prefira cores escuras em água barrenta e cores claras em água limpa.


Equipamentos indicados

  • Vara: ação rápida, de 5'6" a 6'6", com boa resistência.

  • Linha: multifilamento de 30 a 40 lb com líder de fluorcarbono (resiste aos dentes).

  • Anzol: wide gap ou offset, de 2/0 a 4/0.

  • Snap reforçado: facilita a troca de iscas artificiais.

Tenha alicate de contenção e passaguá sempre por perto. O uso de luva ou grip é recomendado para evitar cortes na mão.

Técnicas de pesca

  • Arremesse a isca próxima a galhadas ou sombras.

  • Recolha com variações de velocidade e pausas curtas.

  • Aguarde a explosão do ataque e só fisgue após o peixe firmar a mordida.

Evite fisgadas antecipadas: a traíra erra o ataque com frequência e volta em segundos.

Cuidados e conservação

A traíra tem espinhos fortes e mordida potente. Evite colocar a mão dentro da boca e cuidado ao retirar o anzol.

Apesar de muito consumida, a prática do pesque e solte vem crescendo. Peixes grandes são reprodutores importantes e devem ser devolvidos sempre que possível.

No estado de São Paulo, a pesca da traíra é permitida fora do período de piracema (geralmente de novembro a fevereiro) e não há tamanho mínimo obrigatório em áreas onde ela não está em defeso — mas recomenda-se soltar traíras abaixo de 25 cm.



Conclusão

A pesca da traíra é perfeita para quem busca emoção e desafios. Com ataques rápidos, saltos inesperados e muita força, ela proporciona momentos inesquecíveis. Basta escolher o local certo, preparar o equipamento e ficar atento... porque quando a traíra ataca, não avisa!

Até mais amigos da pesca!

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