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terça-feira, 15 de julho de 2025

A Canoinha da Madrugada

🎣 Uma embarcação misteriosa assombra dois irmãos na véspera da Sexta-feira Santa.


Dois irmãos, Tiago e João, decidiram quebrar a tradição da família e pescar na madrugada de quinta-feira santa. Desde pequenos ouviam da avó que a Semana Santa era tempo de respeito e recolhimento — e que ninguém deveria se aproximar dos rios à noite nesses dias. Mas como muitos jovens, não levaram a sério.

Saíram às escondidas com a canoinha de madeira do avô. Levaram iscas, redes e uma garrafa de pinga. O céu estava limpo, a lua quase cheia iluminava o rio, e tudo parecia tranquilo. Ao chegarem no meio do rio, desligaram o motor e começaram a pescar.

Foram minutos de silêncio, interrompidos apenas pela água batendo na lateral do barco. Mas então, algo inesperado surgiu na névoa leve que cobria a superfície do rio: uma canoa antiga, flutuando sozinha, encostou na deles. Estava molhada por dentro, com marcas de mãos d’água, como se alguém tivesse acabado de sair dela.

— "Tem alguém aí?", gritou Tiago, mas a única resposta foi o som do vento soprando pela mata.



Tentaram ligar o motor, mas nada aconteceu. A canoa antiga se afastou sozinha, indo para o centro do rio e sumindo no nevoeiro. O medo tomou conta dos irmãos. Sem pensar duas vezes, começaram a remar de volta para a margem.

Foi aí que avistaram algo ainda mais estranho: uma vela acesa, bem na beira do rio, sobre uma pedra. Não havia ninguém por perto. A chama tremia, mas não se apagava com o vento.

João quis parar para ver de perto. Tiago, apavorado, gritou: — "Não mexe com isso, vamos embora!"

Na volta, contaram o ocorrido para o avô, que empalideceu. Ele contou que, anos atrás, um pescador morreu afogado naquele mesmo trecho, em uma noite de Semana Santa. O corpo foi encontrado na canoa... com marcas de mãos nos bancos, como se tivesse lutado para sair.

Desde então, ninguém mais pescava naquela madrugada — pelo menos, ninguém que respeitasse os antigos.

E você, amigo da pesca? Já viu algo estranho no rio durante a Semana Santa? Compartilha seu relato aqui nos comentários!


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